A demissão durante a gravidez pode gerar muitas dúvidas, mas a Justiça do Trabalho garante proteção à gestante. Se você foi dispensada enquanto estava grávida, mesmo sem saber da gestação, ou pediu demissão sem assistência sindical, pode ter direito à estabilidade no emprego ou a uma indenização substitutiva.
📌 Mas como funciona a Justiça do Trabalho nesses casos? Se você quer entender melhor como ocorrem os processos trabalhistas e quais são as etapas até a decisão final, veja como funciona a Justiça do Trabalho aqui.
Neste artigo, explicamos as principais leis que protegem gestantes, os valores médios das indenizações e o que fazer caso tenha sido demitida durante a gravidez.
📌 O que diz a lei sobre estabilidade da gestante?
A proteção à gestante está prevista na Constituição Federal, no artigo 10, inciso II, alínea “b” do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). Essa norma garante que a trabalhadora não pode ser demitida sem justa causa desde a concepção até cinco meses após o parto.
A Súmula 244 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) também estabelece que:
✔ O desconhecimento da gravidez pelo empregador não impede o direito à estabilidade;
✔ A gestante tem estabilidade mesmo em contratos temporários ou de experiência;
✔ Se a estabilidade não puder ser cumprida, a empresa deve pagar uma indenização equivalente ao período estabilitário.
Portanto, mesmo que sua gravidez tenha sido descoberta após a demissão, você pode ter direito à indenização ou à reintegração no emprego.
📌 O que acontece se a gestante pedir demissão?
Se a funcionária pediu demissão sem saber que estava grávida, a Justiça pode reverter esse pedido se não houve assistência sindical.
🔹 De acordo com o artigo 500 da CLT, o pedido de demissão de empregados com estabilidade só é válido se for homologado pelo sindicato ou Ministério do Trabalho.
Isso significa que:
✅ Caso tenha pedido demissão sem esse procedimento, pode solicitar a reversão do desligamento;
✅ A Justiça pode determinar a reintegração ao emprego ou o pagamento de uma indenização correspondente ao período de estabilidade.
📌 Mesmo quem pediu demissão pode ter direitos garantidos na Justiça!
📌 Quanto posso receber de indenização?
Se a gestante foi demitida e não pode ser reintegrada ao emprego, a Justiça do Trabalho pode determinar o pagamento de uma indenização equivalente ao período estabilitário. Esse valor depende do salário da funcionária e pode incluir:
💰 Salários correspondentes ao período de estabilidade (até cinco meses após o parto);
🎄 13º salário proporcional;
🏖️ Férias + 1/3;
🛑 FGTS + Multa de 40%;
📌 Seguro-desemprego (se aplicável).
📌 Exemplo de valores baseados em decisões reais:
Salário Mensal | Indenização Estimada | Motivo da Demissão |
---|---|---|
R$ 1.518 | R$ 25.000 – R$ 27.000 | Demissão sem justa causa |
R$ 1.800 | R$ 30.000 – R$ 32.000 | Pedido de demissão sem homologação sindical |
R$ 2.200 | R$ 33.000 – R$ 35.500 | Descobriu gravidez após demissão |
R$ 2.500 | R$ 37.000 | Processo finalizado com acordo judicial |
📌 O valor da indenização depende do salário da gestante e do tempo de estabilidade garantido.
📌 Como garantir esse direito?
Se você foi demitida grávida, siga este passo a passo para buscar seus direitos:
✅ 1. Reúna documentos 📄
- Exames médicos que comprovem a data da gravidez;
- Contrato de trabalho e contracheques;
- Carta de demissão ou aviso prévio (se houver).
✅ 2. Converse com a empresa 🤝
- Algumas empresas, ao serem notificadas sobre a gravidez, podem reverter a demissão ou oferecer um acordo.
✅ 3. Busque orientação jurídica ⚖️
- Caso a empresa não resolva a situação, um advogado pode ajudá-la a entrar com uma ação trabalhista.
✅ 4. Processo na Justiça do Trabalho 📌
- Se necessário, um processo pode ser ajuizado para garantir sua indenização.
📌 Mas como funciona um processo na Justiça do Trabalho?
Se você quer entender melhor as etapas de um processo trabalhista e como garantir sua indenização, veja este guia completo:
👉 Como Funciona a Justiça do Trabalho?
📌 Prazo para entrar com a ação:
O prazo para buscar seus direitos é de até dois anos após a demissão, mas quanto antes agir, maiores são as chances de sucesso.
📌 Impacto emocional da demissão na gravidez
Além do impacto financeiro, a demissão pode afetar a saúde mental da gestante. A incerteza sobre o futuro, o medo de não conseguir um novo emprego e a preocupação com os custos da gestação podem causar ansiedade e estresse.
Se você está passando por isso, considere:
✅ Buscar apoio psicológico, seja com profissionais ou grupos de apoio;
✅ Conversar com familiares e amigos para suporte emocional;
✅ Se informar sobre direitos previdenciários, como o salário-maternidade.
💡 Além da indenização, é essencial cuidar da sua saúde emocional para atravessar esse período com mais segurança.
📌 Conclusão – Você pode garantir sua estabilidade!
Se você foi demitida grávida ou pediu demissão sem assistência sindical, a legislação garante sua estabilidade no emprego. Caso a reintegração não seja possível, a Justiça pode determinar o pagamento de uma indenização que pode ultrapassar R$ 37.000, dependendo do caso.
📌 Quer entender mais sobre o funcionamento da Justiça do Trabalho e como garantir sua indenização?
👉 Veja aqui: Como Funciona a Justiça do Trabalho?
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